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Tricotilamania

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Tem como principal sintoma, o comportamento de ARRANCAR o próprio cabelo, referindo-se a qualquer região do corpo que contenha pelos. O ato mais comum de arrancar cabelo é do couro cabeludo (cabelos), e região dos olhos (sobrancelhas e cílios). Os episódios podem ser curtos ou com continuidade de horas, várias vezes ao dia ou menos frequentes. Cerca de 40% dos indivíduos que arrancam cabelos, os mastigam e/ou engolem.

O Ato de Arrancar cabelo pode levar à perda perceptiva do mesmo ou não (caso o indivíduo se utilize de estratégias como por ex, arrancar de forma “distribuída” e não somente em um local específico). É comum, quando visível a perda de cabelo, tentativas de “disfarces” através de penteados “diferentes”, maquiagem, perucas, etc.

Para que haja diagnóstico de TRICOTILOMANIA, é necessário que o comportamento de arrancar cabelos ou pelos seja recorrente, que tenha havido diversas tentativas de redução ou exterminação do comportamento sem sucesso e que cause sofrimento emocional significativo ou prejuízo social, interpessoal, ocupacional ou em outras áreas relevantes da vida do indivíduo ocasionando “limitações”.

O Transtorno é mais comum em mulheres, numa estimativa de 10:1 em comparação a homens. A idade média de início é a da puberdade ou logo após.

Trata-se de comportamento auto-agressivo e pode ocorrer em contextos de depressão, frustração, desestruturação emocional, dificuldade de adaptação. O Ato de arrancar cabelo se associa a um estado anterior (ao ato) de tensão diante da tentativa de NÃO arrancar, podendo trazer satisfação ou alívio posterior (ao ato).

A TRICOTILOMANIA traz ao portador, comumente, sentimentos de vergonha, podendo levar ao isolamento social ou retraimento, evitando diversas atividades que lhe trariam prazer.

Alguns pacientes referem que o ato é “automatizado”, parecendo ser inconsciente.
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Causas

Estudos apontam uma relação com TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), sendo um comportamento compulsivo.
Observa-se presença de CO-morbidades (doenças associadas) como: depressão e ansiedade.

Fatores GENÉTICOS são evidenciados. Há maior vulnerabilidade à incidência da doença, quando há parentes de primeiro grau, portadores de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

Tratamento

Psicoterapia: A Psicoterapia Cognitivo – Comportamental atua, tendo como foco central o aumento da consciência comportamental através da auto monitoração, habilidades para resolução de problemas, motivação, discurso terapêutico direcionado, entre outras técnicas.

Psiquiatria: O tratamento multidisciplinar contendo psicoterapia e acompanhamento médico (psiquiátrico) que irá administrar medicação para controle do comportamento, traz resultados positivos.