Av. Professor Alfonso Bovero, 1057 - cj 122 - Pompeia - São Paulo - SP - 05019-011

Transtorno Obsessivo Compulsivo - (TOC)

11.jpeg
Caracteriza-se pela presença de OBSESSÕES (pensamentos impulsivos, indesejados e intrusos, representados por imagens recorrentes e persistentes que invadem a mente). Exemplos: pensamentos de perigo de contaminação, cenas violentas, de machucar alguém, e/ou COMPULSÕES (repetição de comportamentos ou atos mentais que a pessoa se sente na “obrigação” de fazer como resposta aos pensamentos obsessivos, se tornando “regra” rígida, sendo a única estratégia possível para neutralizar os pensamentos obsessivos amenizando assim, o sofrimento psíquico. Os exemplos de comportamentos compulsivos são: lavar as mãos várias vezes ao dia, checar se trancou a porta várias vezes, acender e apagar a luz várias e repetidas vezes, organizar itens simetricamente, etc.

As compulsões, que são uma forma de “neutralizar” ou extinguir os pensamentos obsessivos, não são intimamente ligadas ao conteúdo dos pensamentos. Por ex, podem surgir pensamentos obsessivos e intrusos de que uma pessoa significativa está na iminência de sofrer algum dano. O comportamento repetitivo pode ser o de checar 3 vezes se a porta está trancada.

Diante desta estratégia, ocorre um alívio psicológico, porém não se caracteriza como algo que traga prazer.

Há uma relação importante entre ANSIEDADE e TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO.

O diagnóstico implica na intensidade do sofrimento e nos prejuízos de vida que ocorrem com o indivíduo. O conteúdo das obsessões e das compulsões, assim como o grau de intensidade e sintomas, varia de pessoa para pessoa.
37.jpeg

Sintomas

- Pensamentos intrusos e repetitivos com acentuada ansiedade ou sofrimento
- Tentativa de “neutralizar” ou ignorar esses pensamentos com algum outro ou ação
- Comportamentos Ritualísticos e rígidos de lavar as mãos, organizar, verificar, etc
  ou Atos Mentais como orar, contar ou repetir palavras (no pensamento) como
  resposta à Pensamentos obsessivos anteriores
- Os comportamentos ou Atos Mentais visam amenizar a ansiedade e/ou sofrimento
- Indivíduo gasta bastante tempo ao dia (mais de 1 hora) com as obsessões e compulsões
- Sofrimento e prejuízos sociais, profissionais e em diversas áreas da vida

 Crianças podem apresentar o transtorno, porém dificilmente conseguem ter clareza quanto aos objetivos dos comportamentos compulsivos (ou atos mentais), isto é, não sabem identificar que a função é de amenizar ou reduzir o sofrimento e ansiedade causados pelos pensamentos obsessivos. O que os adultos (pais e etc) observam é a repetição de comportamentos (compulsão).

CAUSAS: Inibição do comportamento na infância, afetividade negativa, abuso físico e/ou sexual, eventos ambientais traumáticos e estressantes podem predispor a doença.

A neurociência já contribui para o esclarecimento de que há uma disfunção no córtex orbitofrontal, no córtex cingulado anterior e no estriado, podendo haver uma co-relação.

Genética

Existe aumento da probabilidade na incidência da doença, quando há parentes de primeiro grau com a mesma.

Tratamento

Psicoterapia: A abordagem Cognitivo-Comportamental tem sido a mais eficaz no tratamento para Transtorno Obsessivo-Compulsivo, segundo pesquisas.

O foco é a identificação dos pensamentos obsessivos, exposição gradativa à situações que trazem ansiedade com Reajustamento aos comportamentos ritualísticos. Ou seja, traz a possibilidade de novas formas de lidar com a intrusão de pensamentos indesejáveis e, por conseqüência, uma reestruturação na resposta “interna”, aos mesmos.

Psiquiatria: Para que o tratamento medicamentoso ocorra, é necessário que o médico PSIQUIATRA faça uma avaliação dos sintomas, gravidade, intensidade, assim como história e curso da doença.

Os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) podem auxiliar na regulação dos pensamentos obsessivos, assim como na diminuição da ansiedade, entre outros tipos de medicação. 

ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA (EMT): Alguns pacientes se mostram refratários à farmacoterapia ou até mesmo com sintomas considerados “graves” e, nesses casos, existe um procedimento médico que utiliza estímulos elétricos e magnéticos excitatórios ou inibitórios (dependendo do resultado esperado e da patologia a ser tratada) que visa o restabelecimento do funcionamento cerebral. Este procedimento é possível, porém depende de muitos outros fatores. A avaliação médica trará a melhor terapêutica para cada caso, especificamente.